tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
26 de janeiro de 2010
24 de janeiro de 2010
as guardiãs
Todas as imagens tem uma história, esta tem uma vida própria, uma espécie de encantamento, de paixão e de amor. Não houve subjugado nem domador mas sim uma fusão , um dar de mãos… tudo começou acerca de quatro anos. Foi amor à primeira vista. As “guardiãs” entraram-me pelo olhar e fixaram-se. Correu-me pelo corpo o quente da descoberta do belo. Ali, naquele monte estava uma imagem à minha espera. As fotografias nasceram em mim como os poemas, primeiro existiam apenas para o meu olhar. As imagens fixavam-se em mim, mas eu não as roubava. Apenas as sentia e sorria. Com os poemas esta comunhão íntima era idêntica. Mas tarde senti necessidade de gravar, de pintar, de esculpir o que sentia, a minha memória começava a atraiçoar-me, perdia-se no tempo e comecei a escrever e a fotografar. As guardiãs demoraram mais de quatro anos a renderem-se ao meu Ver, resistiam a ser fixadas por mim. Situam-se num morro da A8, no sentido Norte Sul, muito perto da saída para Mafra. Faço esse trajecto vezes sem conta, mas razões de acasos sempre me impediram de as trazer comigo. Ora me esquecia da máquina, ora tinha a policia a impedir-me a paragem na auto-estrada, ora chovia, ou chegava sem luz… desencontros atrás de desencontros. Há cerca de um mês a região do Oeste foi castigada com um valente temporal. A primeira coisa que me ocorreu, foi ..."as Guardiãs"…teriam aguentado?
Uma espécie de fé percorreu-me a alma.
Sabia que lá estavam.
Eram guardiãs.
Estarão lá sempre!!!
Uma espécie de fé percorreu-me a alma.
Sabia que lá estavam.
Eram guardiãs.
Estarão lá sempre!!!
21 de janeiro de 2010
no silêncio das palavras ( que se sentem)
Estão presas nas entranhas de um vulcão adormecido,,,
Agrilhoadas aos olhos das pedras,
raízes laceradas,
na terra,
Sorvidas, na pele da chuva,
cansadas
corroídas…
Sangue da alma, diluído de raiva
frígidas,
descalças
nuas…
no silêncio das calçadas
gastas
das ruas
as palavras
Agrilhoadas aos olhos das pedras,
as palavras
raízes laceradas,
na terra,
as palavras
Sorvidas, na pele da chuva,
cansadas
corroídas…
Sangue da alma, diluído de raiva
nas palavras,
frígidas,
descalças
nuas…
no silêncio das calçadas
gastas
das ruas
sem palavras...
20 de janeiro de 2010
um dia
Um dia saberás como costurar os sonhos no céu, como misturá-los no olhar e semeá-los no mar…
Um dia,,,saberás como eles se moldam no sentir , como se colam aos poros do vento e nos reflexos da chuva…
Um dia,
saberás ouvir o suspiro dos pássaros que te abraçam o ver…
Nesse dia,
Verás o sorriso da alma a nascer…
6 de janeiro de 2010
pigmentos de mim
Escrevo,
Escrevo....
na linha das ondas
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,monólogos errantes
o homem
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,que lavra sementes
no espelho
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,o grito das nascentes
(que me lavam a alma em melodias ausentes)
na pele
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,o suspiro dos amantes…
Escrevo....
no olhar da lua-poente...
( pigmentos de mim!)
3 de janeiro de 2010
O silêncio ( por dentro)
Entro no silêncio dos passos e dos pássaros que me invade memórias, lágrimas e gritos culpados,
perdido no ventre das pedras…
(ácidos…)e turvo no peso que me curva no vazio dos ventos,
perdido no ventre das pedras…
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