23 de setembro de 2004

a cidade grande

É engraçado o instinto de me metamorfosear em ausência quando me passeio na Cidade Grande. Mimetiso-me, não sei se em multidão se em espaço ou em ambos.

Ando-me, sem nome, sem passado, ente as cores que sonorizam o formigueiro do existir.

Deixo-me ir sem sentido, só olhar.

Vou, translúcido de mim, como uma gaivota no Rio.

Nem o Rio é Mar, nem a gaivota é pomba, nem eu me transporto lúcido.

Sou sempre assim quando me fundo na Cidade Grande, cheia de mar, de rio, de gaivotas e pombas, coberta de luz.

Quando me regresso, venho cheio de olhares…

4 comentários:

nobody disse...

Genial!

pipetobacco disse...

{ … venho só deixar um caminho*teu*link, vê, espero que gostes: ( http://www.mgrande.com/weblog/index.php/luzdetecto/catalog_blogs ) ... }{ bom fim de semana }

LetrasAoAcaso disse...

Outro excelente texto meu amigo.
Um olhar sobre nós na fusão da "Cidade Grande".
Um abraço

Anónimo disse...

sabes.é que a cidade grande te lembra os dias de liberdade absoluta do ontem, e oferece-te umas horas de liberdade no hoje...por isso te sentes como uma gaivota no rio!...é o regresso a casa!
nani