12 de setembro de 2021

fronteira(s)

o branco e o negro fascinam-me, são fronteira da cor, e elas ( cores), entre o  horizonte-da-sombra, dançam irrequietas e loucas, na imaginação do desenho, que se transmuta em "palavras-fantasma e na "ilusão-do-poeta".

É entre o branco e o negro que preciste o meu universo, onde cada estrela é o reflexo do infinito, e o meu olhar, simples polén-de-estrelas"

Jazziguezaguear

Ouvir o som do trompete, num jazziguezaguear longo e suave é como ouvir o pingar das palavras num lago de montanha, onde só ouvimos o eu a silenciar-nos o ego de tão ínfimos sermos na infinidade de existirmos inteiros.

11 de setembro de 2021

fotografia

 Chapéus de sol , toureados (bandarilhados?) na praia, de palha seca,

o horizonte-mar irrequieto, ondulado de carneiros, brancos alva, como casulos de neve, semeados nas encostas da serra, a refletir arco-íris húmidos,

eu,

a fingir-me nuvem serrana, à procura de ventos,

eu,

a ler lobo antunes ( antónio) , atónito, a invejar a poesia que lhe chora das palavras,

eu, 

a saborear a tarde que morre, à espera do amanhã que só vem depois da noite, sem horizonte,

à noite não há horizontes para sonhar, o sonho está escondido na sombra da fantasia, a fingir passados de memórias intermitentes.

O meu sonho é isto,

memórias intermitentes…