pousaste o olhar no vazio de mim,
assim ao de leve,
quase seda,
como sopro de asa-borboleta,
um toque,
um quase-nada.
sem memória nem vida(s),
um instante entre a linha-da-sombra-da-alma e o azul
ali ficaste, a desenhar caminhos
e
fantasia(s)
tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
pousaste o olhar no vazio de mim,
assim ao de leve,
quase seda,
como sopro de asa-borboleta,
um toque,
um quase-nada.
sem memória nem vida(s),
um instante entre a linha-da-sombra-da-alma e o azul
ali ficaste, a desenhar caminhos
e
fantasia(s)
o poeta morreu de doença grave!
( muito grave!)
morreu por inspirar sorrisos mentirosos ( fumador de sorrisos?).
o poeta ( este) , nasceu com doença mutante, nasceu com os pulmões no olhar...
estendia a mão sem a dar, ( perfume de afetos, sem toque, apenas fragancia suave de um amor humilde, terno, gesto simples que une horizontes e futuros de cumplicidades) e seguia sem aguardar sorrisos.
esta sombra de palavras que chovem gélidas, finas, precisas, a desenhar solidões,
abraça-me,
lucida e silenciosa,
afogando-me os gritos!