há sombras, invisiveis nos sonhos, que nos sorvem a cor, como um sopro que desfaz sementes e fantasias
tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
13 de outubro de 2022
3 de outubro de 2022
pinturas
não pinto nem desenho.
olho a cor e deixo que se dissolva na pele.
só depois nasce a imagem que se envolve no prazer de simplesmente sentirmos o calor do belo!
2 de outubro de 2022
diluvio(s), ou a escultura do pássaro
desenho-a-palavra em forma de chuva,
cinzenta-de-neve, humida!
é o céu( a diluir a aguarela), o meu escultor-de-lágrimas.
só depois ( da escultura) desenho a franteira, com o sentimento diluido no diluvio-do-silêncio.
quando gritamos a solidão, nem o eco nos ouve, qual chuva (transformada em pele de lágrima), que nos abraça a alma, esculpida em forma de pássaro
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