31 de março de 2014

eu?

Escorrego no dia, em compasso. Olho. Olho-me , escondido. 
Respiro sombras, na cobardia da noite, a rasgar silêncios. Será que voo? Ou estou simplesmente na deriva dos ventos?
“Raizo-me” no ver, No ventre da terra a desenhar gaivotas. (anfíbio-de-sonhos?), Bebo, ébrio a ilusão, em metamorfose-de-mar, perdido no labirinto ocre da ausência …


Sou esta coisa amorfa, híbrida de me ser simultaneamente EU!

30 de março de 2014

palavras

Procuro no fim da linha, embaraço de novelo,
fino,(de palavras),
procuro o caminho, (das palavras).
Uma que seja.
Só .
Como naufrago. 
Não para ter história, Mas para contar a tempestade do vazio, (nas palavras ).
solitárias,
que polvilham na multidão das águas, (das lágrimas)!
Não me vejo, ( palavra) .
Escondido no universo cego das cores que bebo sedento de mim, 
no escuro do mundo.

São porta sem chave. (as palavras).
Não minhas.

Tuas!