12 de outubro de 2004

tu eras...

Tu eras espelho que me reflectia a dor,

gota

a

gota,

sem cor…



Tu eras a imagem que não me via

e

tempo

no

tempo,

derretia…



Eras chuva de pedra,

negra

usada,

vazia…

Agora,

és,

sopro de vento,

parado,

ausente,

lento…

4 comentários:

musalia disse...

Ausência? Sentida, esquecida, guardada ou apenas ausente?...
Beijinho, Almaro.

whiteball disse...

O que era no passado...em pouco difere do que é hoje, no presente. Ambas as imagens deixam transparecer indiferença...é quase contagiante... agora arrepiei-me!

almaro disse...

Há sentires difíceis de explicar, mas aquele passado que se diz no 1º esboço, não era indiferente, interagia com o personagem, dilacerava em dor, o presente, dito no 2º traço, esse sim ausenta-se com a indiferença. Permanece ali, a pairar junto do olhar em transparências, pronto a interligar-se no futuro, cujos sentires ainda não se adivinham...
Confuso? Todo o sentir é confuso...

nobody disse...

Genial!
Apenas um reparo... Penso que há coisas que não se explicam, apenas se sentem. Não é?