29 de novembro de 2004

quando...

“Quando as aves morrerem, aprenderei a voar…”



Entrou um mim, sem aviso nem arauto, esta necessidade-vulcão, quase vida, de percorrer o espaço que se esconde no olhar, livre de passos, de caminho e de amarras.

Mas estou aqui.

Aqui, neste exacto instante, imóvel no Ser, preso no Eu, sem dar um passo, com o olhar enterrado, a desenhar o que sinto e não sei.

Preso, nos passos não dados, imutável na ausência a (des) sentir…

Resta-me tentar impedir que as aves morram e pedir-lhes que me levem o Olhar no seu voar, determinadas no ir…

6 comentários:

musalia disse...

desenhas o que sentes e não sabes que sentes?...o olhar, sempre o olhar nos conduz e somos conduzidos por ele...em presença, não em ausência...
os caminhos existem, são os teus, por onde te moves, e moves-te....

fernanda dias disse...

Tenho umas asas em bom estado, como novas, troco por uns pneus (de carro) em condições de transitar. Beijo

Fátima Santos disse...

se neste momento eu encontrasse por aí a lâmpada do Aladim...eu esfregava-a de manso e pediria sem dizer de palavras nem uma...que me levasse de mim por um pedaço a ir a ir a ir ... e me deixase, nesse intervalo em que de mim meu voasse, a repousar deste eu em mim...

Anónimo disse...

Bonito texto este, Almaro. Este nosso Eu tão criativo e libertador, é também quem mais nos tolhe, nos deixa presos, limitados..
Um abraço,
aguasdemarco

Anónimo disse...

Bonito texto este, Almaro. Este nosso Eu tão criativo e libertador, é também quem mais nos tolhe, nos deixa presos, limitados..
Um abraço,
aguasdemarco

M.C. disse...

desata os nós..das amarras que te prendem e voa...voa..