Tentei desesperado desenhar uma flor que não queria existir. Fugia-me do lápis em gota de aguarela, envergonhada.
Escondia-se em cada pedaço do olhar que a inventava, triste, desfragmentada.
Não me desenhes, se não me sentes, se não me ouves, se não me cheiras. Não basta que me saibas a cor, disse-me baixinho para não me envergonhar nem me fazer sentir dor.
Como era linda, a cor daquela flor…
6 comentários:
A modéstia delicada dessa flor, traz-me à ideia qualquer coisa do petit prince..
E então? Seguiste-lhe o concelho?
Bjo
Ana Maria
Não a pintaste pois não??? ÂH???
...da Galáxia, BShell
Como eu percebo essa flor, uns dias envergonhada, outros, fazendo exigências absurdas, numa tentativa tonta de chamar a atenção do pintor..
Esconde-se num pedaço de olhar, para depois lhe saltar ao caminho, orgulhosa da sua vestimenta de mil cores, gritando surdamente “Estou aqui!”
Tem a esperança de que lhe saibas a côr, e que um dia lhe digas que perfume ponha para te inebriar.
Resmungando, entre pétalas, que tem vontade de se fechar em corola amuada, e só se abrir em sol de Primavera!
Beijo
deixo-te um beijo repleto de todos os que não te fui deixando aqui
e porque teimas em desenhá-la se ela não quer...fazê-la sorrir, talvez...
Beijinho, Almaro.
E nesses casos, amigo, mais vale não teimar. Para quê desenhar a flor da qual só sabes a cor? Por mais bela que ela seja... Beijos
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