26 de janeiro de 2005

disse-lhe...

Ouvi uns tambores que me gritavam, em choro de agonia.

Olhei-me, só, num deserto de cores, a ouvir, a escutar os gritos-eco, em ritmos-lágrima…

Eram sons do tempo, assustados, que se esconderam de mim e se perderam do meu olhar…

Dorme…descansa, estou aqui…disse-lhe.

Passei-lhe as mãos pelos cabelos de criança e adormecemos no reencontro dos passos que demos, juntos, noutros espaços, noutros tempos.

Dorme…descansa, não te deixarei ..., disse-lhe…

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