10 de fevereiro de 2005

suavidades

Entre o difuso de se Ser e o de querer Ser mais do que se pensa, do que se cria, ou inventa,

hoje,

envolvi-me numa melancolia distraída, à procura de uma breve suavidade de deixar passar o tempo… como uma nuvem branca, quase transparente de azul que escorrega no céu.

Sento-me,

numa pedra arredondada do existir e dou comigo a conversar, num diálogo matizado de intimidade. Não sei quem me ouve, mas O que me rodeia abraça-me num entendimento quente de fusão como,

se,

simplesmente ali estivesse, sem outra única razão do que a de estar ali, naquele instante, naquele espaço, senhor da minha própria ausência, como a pedra, como a nuvem, num movimento sem tempo, mas presente, parte de um todo, numa comunhão de paisagem,

pedaço de vento,

pedaço de cor,

pedaço de mim…

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