7 de fevereiro de 2005

um dia cheio de numeros, que se perderam no tempo

Tenho poucas palavras. O eu que me vive, que se movimenta anónimo de mim, encheu-me de números, o dia todo.

Cálculos atrás de cálculos em somas de absurdos.

Não me sobrou letras para o sentir, como se o dia tivesse passado sem me dizer, estou aqui. Não tenho memórias para este dia ausente de pequenas coisas.

As cores do hoje que me encobriram o Ver, têm formas algébricas, de métricas, sem fim, nem destino.

Os números não tem destino, porque se repetem sempre que se quiser .

São monótonos os números que nos transformam em vazio.

Todos, são a repetição do Um, mesmo os minúsculos, são uma repetição do um.

Que monotonia de dia.

Vou ver se ainda consigo olhar a noite...

É grande demais para caber num numero, a noite que vou espreitar…

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