Cavalguei, noite dentro,
nas cordas de uma guitarra,
que me cantava, baixinho,
o choro de uma cigarra.
Toco a guitarra, sozinho
uma saudade triste,
dos tempos
em que me viste,
misturado na cidade.
Não é fado,
nem, poesia
é um querer sem tamanho
de estar sempre a teu lado.
Toco a guitarra sozinho,
na noite escura,
ao luar,
choro, com ela, devagarinho,
um sonho alado,
a rezar.
Soubesse eu cantar,
e ia por todo lado,
tocar esta dor,
que se desenha no ar,
num abraço negro,
da minha capa
a chorar…
( saudades...não há saudades sem fado )
3 comentários:
A saudade já é um fa(r)do... umas vezes saudável, outras pesado.
Vou tocar viola contigo. Um dueto seria capaz de resultar...
Beijinho *
a saudade é aa saudade o fado, é o fado...juntaram-se os dois a esquina a tocar concertina, e acaba ou bêbado ou a chorar, gostei do poema
Assim tocado, cantado,
trinado...
Em serenata feita
ao luar...
Falava um coração
magoado,
Da dor de seu triste
olhar...
Amor, saudade,
seu fado.
Oh capa negra,
esconde-lhe o penar...
Enviar um comentário