19 de janeiro de 2006

paleta, sem cor-de-guitarra

respirei,
dia-todo,
melodia de guitarra que penetrou na alma, como quem se esconde-do-mundo…(não deve existir poesia mais suave do que aquela que se sente sem letras nem palavras e se entranha em respirares, num sonho que nos acalma e nos acorda em alentos ternos, como afagos de amor que se desenham lentos em passeares de mão-de-mãe-sobre-a-cabeça-de-filho-enroscado-em-regaço, protegido)
respirei
dia-todo,
melodia de guitarra que me abraçou em versos que não sei…
parecia sussurros de papoilas-entre-searas-ao-vento em quadro que não pintei ( isto de não ter cor de guitarra é cousa que não se perdoa a ninguém…)

1 comentário:

Ana Prado disse...

li
e a palavra foi elo entre mim e mim. a tua palavra.
obrigada.