28 de abril de 2006

em pedra

Deito-me nas pedras, que cantam a voz do vento,
nos silêncios.
Abraça-me uma solidão inteira, do tamanho de um dia que não passa.
É um dia-pedra.
Imóvel,
surdo de noite-deserto…
Só as águas das árvores se ouvem-de-vida…

3 comentários:

Nani disse...

´só as aguas das árvores se ouvem de vida..." e eu ,num recordar de infancia feliz, a ouvir o som de águas cristalinas num pinhal da venda-seca, ao som do vento-folha e dum poema de Miguel Torga murmurado pela voz de um pai ainda menino-brisa...lembras-te???

almaro disse...

Nani: não desse momento, esse terá sido teu, lembro outros, nesse mesmo pinhal onde os caminhos iam dar ao som das aguas, e das pedras( local de aventuras imaginadas perto dos braços o aqueduto, onde fervilhavam piratas e ladrões de tesouros e cousas tantas que demoram um destempo a desaparecer).
E dos fofos de Belas? Não sei por que raios me vieram ao paladar… não sei contar o tempo em que não os saboreio. Ainda existem?

Nani disse...

os fofos?? existem, iguais,no mesmo sitio...agora são caminhos de bicicleta que me levam lá