23 de outubro de 2006

distracções

Pintei uma aguarela inteira, em tons de cinzento ( cinzas da cor,,, sombras d’azul?)
e
no lugar do nome (esquiço que desenha o estado d’alma do pintor) escorregou uma lágrima. única. rubra! grito incolor de quem, em vez de sonhar uma flor, deixou incauto cair a dor…

4 comentários:

Maria Alfacinha disse...

"... grito incolor de quem, em vez de sonhar uma flor, deixou incauto cair a dor..."
E as silabas das tuas palavras bateram, ritmica e compassadamente, no meu sentir.
Que bonito, Almaro... bonito mesmo.

Beijo

Nani disse...

bonito mesmo!!!
sabes bem usar estes pinceis de sentires!!
beijos

almaro disse...

Maria Alfacinha: sabes,,, normalmente não gosto de rimas, evito-as, mas por vezes é o ritmo do sentir que as escreve, que as empurra e aparecem assim ritmadas com o pulsar da emoção e da vida...

almaro disse...

nani:tu, mais que qualquer outro(a) conheces os meus cinzentos, as minhas cores queimadas de cinza. neles (cinzas) há um amarelo e um encarnado intenso que me fogem,,,é com eles que me pinto quando o azul se transmuta em sombras