16 de novembro de 2006

na sombra do tempo

Olhei o dia,
de frente,
(…arde um fogo calmo,,,quente…)
em desafios irreais…

Agarrei-o,
no alto
e
preguei-o, para que ficasse, ali, de parede, pintado em memórias…
(como quem colhe uma flor, na ilusão de transformar,,,a jarra)…

Olhei-o, fixo, despregado de mim…

(De que vale ficar frio,,,assim?, descontínuo de passos, perdidos no Aqui?)


Por vezes, acordo assim, sem vontade de me passear no dia, permitindo que ele escoe, sem o olhar, sem lhe gravar passos.
Nestes dias, o tempo torna-se omnipresente com uma intensidade gigante, abraçando-nos numa angústia que nos paralisa os respirares.
Cair na tentação de não viver o dia, é mergulhar num abismo de silêncios.

Quando assim é resta-me vagabundar com a lentidão dos passos indecisos, para que o dia não pare dentro de mim e me atrase os futuros…

2 comentários:

Maria Branco disse...

Tão longos estes dias...

Beijo de saudades.

almaro disse...

maria:tão longos que continuam presentes na noite...