é brincadeira minha quando o dia nasce perdido na névoa…
acordei em dia, pintado de pedaços,
(destroços,
insangues
langues,
mornos,
distantes),
peguei nele. embrulhei-o em papel (de Natal).
guardei-o. pendurado no nevoeiro que apareceu,
matreiro, a colorir o papel…
aguarela?
pastel?
amarelo-real, castanho-mel!
o dia voltou,,, (na noite a seguir)…
eu?
não quis ir…
preso no pólen
a desenhar borboletas
(quase cor, a girar em carrossel, sem girafas de papel)
fiquei,
estanque,
a ouvir as asas, em movimentos de pincel…
( já ouviram o que dizem as asas a voar d’uma borboleta, desenhada no pó do pólen de um nevoeiro, sorrateiro de brisas lazulis? já?
oiçam com olhar gigante! parece sereia a cantar saudades do amante, sopro de vento navegante,
reflexo,
lágrima de diamante… )
1 comentário:
É sempre um prazer desembarcar neste porto de palavras!
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