18 de julho de 2020

teias


Passeio-me na cidade,
bordada em veias que ejaculam sombras de passeantes escondidos no olhar,
vagabundam sós, 
ensurdecidos por cada uma das vozes que os atormentam no sono-dos-sonhos,

confusos por não descobrirem qual  das vozes é a sua sombra, 



(como inseto abraçado na sua teia, que certamente grita, 
sem sons, 
adormecido na seda-da-sua-morte)

3 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Poético
.
Bom fim-de-semana
Cumprimentos poéticos

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


de seda pode ser o olhar
e o sorriso

nas teias que se entrelaçam no ver

:)

almaro disse...

pi: a teia, de seda, sisal ou de coisa outra é sempre uma armadilha que nos embala e nos confunde e nos adormece os gritos. a teia é o labirinto da sombra.