11 de setembro de 2021

fotografia

 Chapéus de sol , toureados (bandarilhados?) na praia, de palha seca,

o horizonte-mar irrequieto, ondulado de carneiros, brancos alva, como casulos de neve, semeados nas encostas da serra, a refletir arco-íris húmidos,

eu,

a fingir-me nuvem serrana, à procura de ventos,

eu,

a ler lobo antunes ( antónio) , atónito, a invejar a poesia que lhe chora das palavras,

eu, 

a saborear a tarde que morre, à espera do amanhã que só vem depois da noite, sem horizonte,

à noite não há horizontes para sonhar, o sonho está escondido na sombra da fantasia, a fingir passados de memórias intermitentes.

O meu sonho é isto,

memórias intermitentes…

Sem comentários: