9 de outubro de 2003

o horizonte da alma

Oiço os tambores de um espaço que recordo com a saudade da ausência.
Sinto a intensidade dos ritmos e dos afectos, onde os odores, os sons e as cores se intensificam em sentimento.Saudades de uma terra onde aprendi a fundir-me com o Universo, e a sentir-me matéria, nos limites de uma espiritualidade selvagem.
Recordo um espaço sem fim, em variações ininterruptas de horizontes.
Acordo num sonho, só, sentado na selva africana, que me iniciou na visualização do horizonte da alma.
Conforto-me com a sensação de um dia ter aprendido a ver e a sentir essa linha difusa que nos limita o espaço e a forma da nossa existência.
São momentos raros que nos sinalizam os passos e as incertezas que nos moldam o carácter.

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