19 de julho de 2004

linhas, pontos e fugas

Sento-me em rochedo que penetra, em acto fecundo de amor, no Mar. Paro-me no olhar. Suspendo-me do existir, sentado naquela quilha navegante de pedra salgada em eternidade de comunhão com as águas de vida. Sinto-me em estado-de-alma quando me fundo em pensamentos com o horizonte, acarinhado por ventos-brisa-onda . É a minha porta para o lado de lá do olhar, é o meu ponto de fuga. (quem escreve, diz-se desenhador, quem lê acha estranho um desenhador ter um ponto de fuga que se desenha linha, quem pinta e sente, sabe que o horizonte é ponto de fuga para quem desenha a imaginação do sentir de um sonho…)





1 comentário:

D disse...

Um escritor sente palavras. Um desenhador traça-as. Quem lê, deleita-se.