12 de julho de 2004

mão, deformada em apelo

Não sei se piso, se ando…

Sinto…

Não são palavras, nem olhares, é o nada, o vazio que enlouquece e me preenche o caminho.

Pesa-me o que piso…

Sinto…

Fecho os olhos, o olhar e visto-me. Deixei de andar nu.

Vou…

Sinto…

Vazio,de mar em sons de Outonos,onda-espuma que se eleva no ar…

Mar-Vulcão.

Sinto...

Pinto-me de cores visíveis em formas de Mim,

sem palavras…

Não sei o que digo, apenas quero estar aqui, vestido de sentidos…

Sinto…

Estendo a mão.

Aberta.

Esticada.

Deformada em apelo.

Foge-me.

Sinto…

Já não ando. Sento-me, penduro-me na estrela que me olha-luz, em baloiço…

Criança que se finge, que se brinca…

Só!

Sinto…

Repito sons, palavras, que moldam o vazio de mim…

Barro húmido, informe, (in)criado no ser-Me!

Sinto-me...

Só!

Onda que emerge, infinda, sem sons…

Já não grito,

piso,

piso-me caminhos...

1 comentário:

D disse...

Não só... que seja sozinho, mas não só. A caminho de ti segue um meu sorriso, para te acompanhar durante o teu dia