7 de julho de 2004

sonho de menino-indio-que-olha-o-horizonte

Olho as palavras que me agrilhoam o Eu e imagino-as a florir em histórias infantis, contadas por saltimbanco-que-mendiga-destinos-por-existir. Visto-as de figuras falantes que correm em quimeras, em jogo de esconde-esconde-colorido...

Brinco palavras-vivas, que chilreiam gargalhadas de meninos que não se vêem, porque se engoliram no seu próprio mundo e imaginam-se livres em sonho, sentido, vivido, gulosamente vivido...

Brinco palavras-cor, em perfumes de flor-fada que não gosta de príncipes, em floresta de Outonos, perdido em cores de amêndoas doces...

Digo-me, coelho-fantasma que se inventa palavra-sem-som, que se transforma em afectos, e saltita bailarino, vestido e pintado de Pierrot, no teclado de piano que voa-universo...

Vejo-me, palavra sonho que adormece em nuvem que se aquece e que chora cores de menino-borboleta-de-olhos-que-voam...

Desenho palavra em forma de menino-indio-que-olha-o-horizonte e perco-me nos sentidos do sonho,

e calo-me,

e oiço,

e vejo-Te...

4 comentários:

D disse...

Há um sonho. E há a realidade. Hoje é o dia não, como sabes. Hoje queria poder conseguir continuar a sonhar. Calar. Ouvir. E vê-lo.

almaro disse...

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almaro disse...

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almaro disse...

não D, não é um dia não. É o dia da "terra do nunca". Fada sininho, ou fada só, voa, entre a floresta, entre as flores e com a tua magia, escreve, escreve o vês...