28 de outubro de 2004

borboleta

Trago-te esvoaçada,

irrequieta,

a voar em mim.

Borboleta-leque, alada,

em traços branco-rubro-jasmim.

Círculos que se dançam e me tocam em cores de giz,

cantas em vento, um segredo

que me diz,

“sou borboleta-flor, vem, não tenhas medo,

estou aqui”…


6 comentários:

Lola disse...

Ilha de Cos


Eu sabia que tinha de haver um sítio

Onde o humano e o divino se tocassem

Não propriamente a terra do sagrado

Mas uma terra para o homem e para os deuses

Feitos à sua imagem e semelhança

Um lugar de harmonia

Com sua tragédia é certo

Mas onde a luz incita à busca da verdade

E onde o homem não tem outros limites

Senão os da sua própria liberdade

Manuel Alegre

rfarinha disse...

Sonhamos ser borboletas, pelas sua liberdade e beleza, pela sua alegria e devaneio... ;) bjs

musalia disse...

Borboleta sonhada e tão real, embora...
Colorida, sim, pelas tuas mãos de mágico de cores. Branco-etéreo, rubro-paixão, jasmim-amor estonteante de perfume, que te toca, ao de leve, no sentir.
E te cicia, amorosa,em dança-esperança, envolvendo-te em brilhos de abandono.
Irás tu?...

beijinho, Almaro.

fernanda dias disse...

Hoje não estou poeta. Borboleta bichinho que adoro, mas não deixo de pensar quão perene é... Sem falar daquelas que esvoaçam malucas à roda da lampada acesa, atraídas, sem saberem que se vão queimar... Mas essas não têm côr. São daquelas da familia das traças, que matamos sem pudor.. beijo

LetrasAoAcaso disse...

Meu caro amigo: outro poema de excelência.
Muito belo.
A analogia com a borboleta parece-me genial.
Este é um daqueles poucos espaços onde os sentidos falam mais alto.
Um forte e sentido abraço

Sara Mota disse...

... Já tinha saudades de te ler.
O tempo começa a ser muito pouco, mas é sempre com grande satisfação que aqui venho e que, naturalmente, esboço um sorriso.

:)
Um beijinho, almaro ;)*