21 de novembro de 2004

noite(s)

De noite transportamos os nossos vazios. Pesados, guardados no olhar.

Não os vemos, só os sentimos. Moldam-nos o dia que se esconde na fantasia de ser ainda, apenas um esboço.

Um dia pinto a noite. Preencho-a toda até transbordar, com as cores de um sonho que se desenhou de dia.

5 comentários:

Anónimo disse...

De noite há a despedida do Sol. É nestes por de sois que eu tento agarrar a cor que me foge. E nem me importo de escrever as palavras compostas como devem de ser. São apenas pores de sois… Há um sol por dia para mim.
Depois, da cor do sol de todos nós se apagar em negros feitos de azuis de noite, não guardo os vazios. Guardo-te apenas a ti.
Não sei pintar. Só sei desenhar a lua no teu sorriso. Amo-te
T.

lique disse...

Mas a noite também se preenche com os nossos sonhos, ou pesadelos. Nela os guardamos, nela os deixamos. Quando preencheres a noite, que espaço restará para outros sonhos? Beijos

Fátima Santos disse...

escreveria...mas (como se entrasse num templo...e templo é!) prefiro, ao ficar aqui, silenciar...ficar a beber o imenso de ouvir quando se está ESTÁ em silêncio!
e em vez de abraço, o que me vejo é as mãos em posição de orar, a cabeça inclinada e no olhar, difuso, a imensidão da VIDA...shuut estive assim apenas a pensar...não disse

BlueShell disse...

mas as cores do meu dia...não transbordam na noite...
Para ti...do tamanho da galáxia.

musalia disse...

abre a janela da alma e deixa entrar o luar, nessa noite de angústias. Ele te acariciará o sentir, devolvendo-te o sonho...

Beijinho, Almaro.