14 de setembro de 2005

memórias desenhadas sem tinta

Sonhei,
memórias
e
perdi-me,
no tempo,
na incerteza difusa,
de me ser,
inteiro
na
aguarela que pintei,
confusa,
antes do sonho…

há um homem dolorido,
escondido,
nas páginas do meu livro,
que se veste,
colorido,
aprisionado no destino
e
não voo…

Sonhei,
histórias,
letra
a
letra,
como chuva
desenhada num tempo
que não passou…
agrilhoado
sem esperanças,
em cada passo
que se assustou…

Sonhei,
lembranças,
que o tempo inventou…

5 comentários:

Menina Marota disse...

"...Sonhei,
lembranças,
que o tempo inventou…"

...mas não apagou... há lembranças que jamais se esquecem, porque um dia, nos fizeram felizes.

Lindo o teu Poema...

Um abraço de boa noite ;)

Ana Maria disse...

finalmente posso deixar aquilo que sinto em relação ao que aqui leio.
pausa
suspiro
pois é belo: sendo assim devo dize-lo com todas as letras que tens uma escrita que gosto muito, es meigo e terno.
cada palavra tem uma queda como a agua que cai na cascata suavemente.
almaro sei que já me foste visitar quero dizer-te que és bem-vindo ao meu canto sempre que eu merecer comenta tambem.obrigado
http://amcosta.blog.sapo.pt

Maria do Céu Costa disse...

Sereno este teu trabalho, gostei de o ler.

Sara Mota disse...

Querido Almaro :)*

© Piedade Araújo Sol disse...

Nao preciso de cores...espalho-as coma polpa dos meus dedos e elas se desfazem....