15 de setembro de 2005

na dor, de querer SER

Tenho no palato o som amargo da terra que secou,
ferida,
gotejada em âmbares derretidos em noites cinza,
sem luar,
Guardo os gritos numa lágrima…
Uma,
só,
e
repinto-a gaivota com colar de horizonte,

Olho-a ao longe,
e
abraço
saltimbanco-palhaço
que alivia,
no grito,
a saudade,
de sentir a terra viva
sem dor,
a voar liberdade...

3 comentários:

dffdfd disse...

"...Guardo os gritos numa lágrima…
Uma,
só,
e
repinto-a gaivota com colar de horizonte..."
São-me escassas as palavras, gostei!

Ana Maria disse...

o meu comentário não será de palavras mas de sentimentos.
hoje fiquei a saber porque existem tantas gaivotas....
Ana

© Piedade Araújo Sol disse...

As lágrimas sabem a sal, por vezes a liberdade também....