tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor...
Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
2 de janeiro de 2006
vestir o dia
deixei cair uma folha , vermelho-sangue, de outono… pousou-morta ( a folha? a dor? ), em silêncio, sem lágrima… só, ali, no chão, perto-de-mim… vesti-me da sua cor, e caí…
e caí... Mas as mãos de uma criança, feita de inocência e cor, pegaram a pobre folha desse chão húmido e frio... e a dor que ela sentia se sumiu na imensidão do horizonte em fogo prenhe de esp'rança... Não mais chão, porque a criança em questão pousou a folha nas páginas de um livro cujas palavras escritas eram palavras de amor!
blueshel: mas cai, até que o vento, suave, aqui, cutilante ali, a eleve, para diante. é assim o ciclo, todos os ciclos, quaquer ciclo, mesmo que caiba nas palavras, mesmo que cai no chão
o que se altera no ciclo é a nossa capacidade de defesa, já não caímos tão desamparados, protegemo-nos. mas há sempre um dia de vendavel, imprevisível...
Da: a náusea acontece quando , nos descuidamos e deixamos os olhos virados sempre para o mesmo sitio, se os movermos, percebemos da infinitude do circulo...
caro Duarte Obrigado pelas tuas palavras, sabes, desde que me sei que procuro a simplicidade, seja de gestos, da cor ou das palavras, nela ( acredito eu) se esconde o universo. Quanto ao negro de que gosto também, tem a magia de guardar em si todas as cores, pena que as esconda, mas ao contrário do branco, que as devolve ( liberta?) elas estão lá, todas em forma de UM. Sim, Duarte, o silêncios terminou.
12 comentários:
e
caí...
Mas as mãos de uma criança,
feita de inocência e cor,
pegaram a pobre folha desse chão húmido e frio...
e a dor que ela sentia
se sumiu na imensidão
do horizonte em fogo prenhe de esp'rança...
Não mais chão,
porque a criança em questão
pousou a folha nas páginas de um livro
cujas palavras escritas eram palavras de amor!
blueshel: mas cai, até que o vento, suave, aqui, cutilante ali, a eleve, para diante. é assim o ciclo, todos os ciclos, quaquer ciclo, mesmo que caiba nas palavras, mesmo que cai no chão
...e depois vemos que tudo mais não é que aquele ciclo de naúsea...e aí..aí nunca mais nos enlevamos...
o que se altera no ciclo é a nossa capacidade de defesa, já não caímos tão desamparados, protegemo-nos. mas há sempre um dia de vendavel, imprevisível...
e pronto...já está rsss vai lá ver sff Não sou, afinal a única com essa esperteza (muito científica!!!) de tentativa e erro. Beijoca.
Caro Almaro
O poema é uma pérola, como já é teu apanágio. A simplicidade da tua linguagem atinge a beleza de intemporalidade.
Saúdo o teu novo espaço.
Menos soturno visualmente mas igualmente belo (o negro atrai-me).
Tencionas abandonar definivamente o antigo espaço? Posso substituí-lo nos links?
Abraço e os votos de um 2006 recheado de boas recordações futuras.
Despir o dia
O frio que sinto
não é frio
é só um sintoma
que notei ao
olhar o dia
que se despe e
deixa cair
batégas de água
nas pedras da rua...
Da: a náusea acontece quando , nos descuidamos e deixamos os olhos virados sempre para o mesmo sitio, se os movermos, percebemos da infinitude do circulo...
musalia: os vendavais tem a vantagem de nos mostrar novos caminhos, novos pontos, novos olhares, mesmo que por vezes se toldem de lágrimas ...
caro Duarte
Obrigado pelas tuas palavras, sabes, desde que me sei que procuro a simplicidade, seja de gestos, da cor ou das palavras, nela ( acredito eu) se esconde o universo. Quanto ao negro de que gosto também, tem a magia de guardar em si todas as cores, pena que as esconda, mas ao contrário do branco, que as devolve ( liberta?) elas estão lá, todas em forma de UM.
Sim, Duarte, o silêncios terminou.
Pi: Frio o dia, ou a noite, permite-nos fixar um ponto, permite-nos sentir o corpo, e com ele o Eu que nos grita!
seilá: Eheh, cá para mim és engenheira …. ( arte de ter engenho!)
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