28 de março de 2006

trilhos...

lancei uma pedra ao rio,
como quem se desembaraça do coração,
prendi-a
no leito,
no fundo do lodo,
(fria),
com as minhas próprias mãos,
tatuagem de um trilho,
ferida,
(rasgada no peito,
de um vagabundo de estrelas azul-mar
)
nas aguas que lavam
a dor
de quem respira
o (a)mar
com o sentir do olhar,
em jeito de oração…

Sem comentários: