Labaredo a noite, ateada de mim,
calor fugaz de memórias adormecidas
( esquecidas?)Ecos de um abismo que me abraça na escuridão das nuvens da noite,
ruas sem becos,
sem calçada ,
sem fim…
Rasgo as sombras, em pedaços de pó
( cinzas?
cenário?)
E espreito a fantasia de me colorir em azul-tuaregue
( vagabundo da luz, caminhante sem destino, pastor de horizontes e de ventos?)Ardo no destempo, sem passado nem futuro,
Ébrio de cor, possuído na ansiedade de me ser outro, e ir...
(Grão de areia,
cristal de deserto, ponto ínfimo na inquietude de me completar inacabado,
pedra angular por esculpir…)
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