A silhoeta-da-alma, encontro-a no sal,
(cristal maior de uma lágrima que voa entre a lua e a negritude das sombras)…
No respirar das nuvens está o sol,
No sorriso dos olhos,
estou eu,
a desenhar sob os pigmentos-do-horizonte, que se fingem mar ao som de um pássaro a chorar na calçada da rua…
Atravesso a no silêncio dos bancos-sujos, de olhos fixos nas janelas do chão, e imagino caminhos, estradas-desertas, (setas?), que não sabem para onde vão,
Entre o céu-e-a-terra, estou eu, á procura da alma( consciência de mim? além de mim?) que se diverte sozinha empoleirada na cabeça do cão, que esvoaça,A rua continua, nua, deserta,
Só as janelas e as árvores (persianas abertas?), voam entre as gaivotas que se escondem nas esquinas da cidade que navega sem velas,
E os passos ( meus?) seguem vagabundos a sonhar azuis no zig-zag das ondas revoltas…
Hoje,
estou,
estacionado à porta da rua,
a entrançar o tempo que se dissolve na chuva, no regaço da alma…
1 comentário:
hoje
estou a ler-te
sempre
um beij
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