Estilhaço o olhar, entre as pausas do tempo,
nos murmúrios
de te ver,
desnuda,
sem sombras de ausência,
fecunda de cor, a brincar ( qual
saltimbanca, cigana?) nas diabruras da memória.
Passeio, inerte ( ausente?) no quase azul do mar vagueante ,
vigiante e vagabundo,
sem pressas, que o tempo respira-me na alma, ( quase mar,
quase onda )
A areia morre (sem mim?), que a não passeio,
que a não
desenho de passos nus,
Húmida,
( quase pólen,
quase nada!)
Escrevo, a visionar respirares que me deviam ser sangue, que atravessam o deserto sem mim.
Vivo-me na eterna ausência do caminho, que
construo sem areia, sem praia, sem mar, sem luz.
Sou o vento que me leva, eleva
na cor que invento,
lua que brilha nos intervalos de uma criança, que me espreita,
escondida com os medos da noite…
Porque não me sei ser eu? E me fragmento na (des)memória do
tempo que não me cabe na pele?
Se morresse hoje, não sabia de mim... (!)
Corro entre desencontros ( nuvens?) orvalhados na luz do
sol-lua, como se as gotas da memória desaguassem entre horizontes cansados de
segurar o céu…
1 comentário:
eu queria pintar o teu cinzento de cores (outras)
eu queria saber-te comentar,mas,não consigo...
e leve, leve a brisa leva um
beij
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