27 de julho de 2020

desenho de um rio que desagua em mim


Desenhei uma estrela,
uma só,
a giz,

quase pólen-de-gira-sol, (no ar),

a estrela nasceu da fonte-do-esboço,

bailarina!

e em instante-sem-sombras, 

(um só) 

começou a dançar no reflexo das lagrimas profundas da terra,

a traçar o caminho-do-rio,

com a suavidade de um reflexo-lunar de uma borboleta-de-água,
no mar-infantil-de-mim...
 
(guardador de destinos inacabados)


nota: um rio que não desagua no mar, é um rio que morre na imaginação alterada de um observador-pintor, que se esqueceu da cor, ou simplesmente um guardador de destinos inacabados...

2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Se já tens uma estrela
E uma bailarina, és um sortudo
Sabes poeta!
Nem todos os rios desaguam no mar
Há rios que desaguam no sentir
;)
























almaro disse...

pi: sim esses rios são tumultuosos quando desaguam no sentir. não deve haver poeta sem o seu rio