13 de julho de 2020

enganos


a-fonte-das-árvores, tateia-me o poema, como se eu fosse raiz-de-outonos…
desenganem-se,

(palavras que se amortalham em tempestades),

sou sombra-oculta que se abraça ao mar,
alga navegante,
navio sem leme nem proa,
sou mastro e velas,
suspenso no ar.


2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


ave sem nome
sem porto
sem rumo
ave com vontade de voar

:)

almaro disse...

Pi: há sempre um rumo, aquele que nos leva a olhar e a caminhar no desenho do ver. terá sempre sombras, porque a sombra sorveu a luz. o rumo (caminho) é sempre nosso.