15 de julho de 2020

oração de um contador de histórias


as mãos choram ,
gotas-lentas de papoilas que levitavam aprumadas ao céu, 
à procura do aconchego das estrelas pintadas em azuis-menino, na fronteira dos olhos...


azuis menino= azul do céu em desenho-janela de criança, 
fronteira dos olhos= imaginação na ausência do tempo
ausência do tempo= sem idade

nota: um poema com explicação , é um poema agrilhoado  pelo autor, devia ficar enrugado em bola de papel , longe da cor do lápis- lazúli  , com que se desenhou o céu

4 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Visitando, gostei muito do seu blogue. Poemas lindíssimos. Pura arte de bem escrever.
Voltarei

Cumprimentos poéticos

almaro disse...

ricardo, és sempre bem vindo. obrigado

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

não só choram

também espalham cores nas telas da vida

e são mãos criativas...

eu sei, que são!


:)

almaro disse...

Pi: as mãos são a pele do olhar...