20 de agosto de 2020

desidratações

 Parei,

(tropecei na angústia, e no perfume dos crisântemos),

desorientado,

cansado,

perdido,

(assustado?)

Suei todas as palavras,

( pelos poros-dos-olhos)

Todas,

no calor-da-fantasia, 

e  entrei assim no deserto,

despalavrado.

Preciso urgentemente de beber um poema,

de um só trago,

de vez só,

fundido na seiva de mim,

(como quem bebe o universo à noite,

na luz das estrelas).


2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

que se salve a beleza dos crisântemos!

:)






















almaro disse...

Pi: não há maior beleza que a da papoila!