tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor...
Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
14 de novembro de 2006
in sangue
Trinei na guitarra ( Raiva!), de me ser assim, ( silêncios), sons, (d’ aço)…
Só assim me oiço, ( voz!)…
Toquei, (sangues), Golpes, nos dedos-da-alma (ferida!)…
Bom! Houve um pequeno engano. Deixei no post do "andar" de baixo o comentário do "andar" de cima :) por isso tive que o ir buscar para o seu devido lugar, Agora está tudo bem:)
Querido Almaro
(eu sei que é longo mas só assim faz sentido)
A noite líquida oclusa vegetal é um corpo longilíneo e desmembrado flui como um rio de si mesmo alheio flui e envolve pressagiando cárceres a noite tem hoje uma atitude especial com aves negrejando lentamente neste desintegrar-se da memória
e eu sou uma alucinação rítmica com um tempo corpóreo a devorar um mar excessivamente quieto na cabeça excessivamente muscular e lúcido
a noite distribui pedaços de lua aos farrapos na inconsciência dos prédios sobre a cidade – a cidade louca que desvairou nas minhas mãos – nos dedos possuída de um candelabro antigo a partir-se um lampadário cristalino e rutilante a quebrar-se com súbitos estilhaços pela noite fora em que o próprio – tempo – vai sangrando
betty: achei engraçado falares da noite, quando eu me envolvo ( ou me perco) no dia,,,a minha raiva, o meu grito, o meu silêncio, a minha guitarra, nasce no dia, é no dia que o sangue se esvai, é no dia que vejo sombras, não na noite. na noite respiro-me, porque é nela que me sou por inteiro, que desenho cor, que me abraço nas palavras, é na noite que me aconteço e me concentro no ponto.
2 comentários:
Bom! Houve um pequeno engano. Deixei no post do "andar" de baixo o comentário do "andar" de cima :) por isso tive que o ir buscar para o seu devido lugar, Agora está tudo bem:)
Querido Almaro
(eu sei que é longo mas só assim faz sentido)
A noite líquida
oclusa vegetal
é um corpo longilíneo e desmembrado
flui como um rio de si mesmo alheio
flui e envolve pressagiando cárceres
a noite tem hoje uma atitude especial
com aves negrejando lentamente
neste desintegrar-se da memória
e eu sou uma alucinação rítmica
com um tempo corpóreo a devorar
um mar excessivamente
quieto na cabeça
excessivamente muscular e lúcido
a noite distribui pedaços de lua
aos farrapos na inconsciência dos prédios
sobre a cidade – a cidade louca
que desvairou nas minhas mãos – nos dedos
possuída de um candelabro antigo
a partir-se
um lampadário cristalino e rutilante
a quebrar-se com súbitos
estilhaços pela noite fora
em que o próprio – tempo – vai sangrando
Um beijo com carinho
betty: achei engraçado falares da noite, quando eu me envolvo ( ou me perco) no dia,,,a minha raiva, o meu grito, o meu silêncio, a minha guitarra, nasce no dia, é no dia que o sangue se esvai, é no dia que vejo sombras, não na noite. na noite respiro-me, porque é nela que me sou por inteiro, que desenho cor, que me abraço nas palavras, é na noite que me aconteço e me concentro no ponto.
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