tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
15 de novembro de 2012
alem da pele…( amor?)
Na ponta dos meus dedos estás tu, ( abraçada?) a respirar silêncios e sonhos.
Percorro as fronteiras de ti ( na fantasia do desfim) , linha difusa de um olhar que me deseja e de um corpo que me toca para lá da pele e de mim…
14 de novembro de 2012
saudades
passeio, de mão dada , saudades
a soletrar o tempo, em melodias surdas
como quem engana a fome
com pedaços de ilusão
na solidão das noites
sem ti…
Navego turbulento nas ausências
a arar distancias
avido da saliva que me beija
no escuro
com a suavidade do teu corpo que me enlaça
entre as margens doces da alma que viaja
nas madrugadas do futuro…
13 de novembro de 2012
respirares
.
.
.
quando te desenho no ver,
respiro.me em alma-de-nuvem a pairar sob cearas de papoilas…
desenho.te
.
.
.
no escuro das estrelas, perdido na luz das ondas que sibilam a saudade de um beijo ausente…
abraço.te
.
.
.
em pó-de-giz colorido no rebrilhar do rio,
conto o tempo no dedilhar da guitarra que me sorri, corda a corda
em acordes que calam o fado…
beijo.te
.
.
.
e no sentir calmo que me enlaça,
amo, e voo em passos que gravo,
descalço, no mar…
12 de novembro de 2012
no silencio das pedras
na melodia das pedras tatuo as tuas lágrimas em moldes de borboleta,
para que a tristeza cante
e se liberte
da mágoa
sozinha,
no pólen da alma
e inventar a poesia da pele
(andarilho do amante)
em suspiros do tempo-d’água
e do levante….
2 de novembro de 2012
Prefácio de um testamento...
na minha morte,
há um pássaro,
uma gaivota,
e um mar perdido nos horizontes.
(há vento,
em sussurros azuis,
a cantar…)
na minha morte,
há uma flor,
uma!
uma só,
rubra,
num labirinto imenso de verdes…
na minha morte,
estou só eu,
e os outros todos que me
desenharam nos olhos o sentir,
todos eles a esvoaçar (dançar?) nas velas
da nau catrineta...
ao fundo, .entre instantes (
fugidos do tempo)
há uma bailarina cigana,
saltimbancos ( muitos )
e um palhaço
que nunca quis ser pierrot ou
arlequim,
mas nunca conseguiu deixar de os
ser
aos dois,
num,
só ( pintado por negreiros!).
sim! na minha morte há um quadro
de almada,
de linha infinita, a desenhar o universo ,
como só ele sabe.
a única linha infinita que conheço é o
circulo,
onde cada ponto é começo e fim
simultaneamente,
sem matemática.
nela, (na minha morte) não há
matemática nem filosofia,
porque a vida que me correu no
ver, andou sempre sem uma e outra,
perdida na poesia.
na minha morte há um menino( de
cabelo negro-lazúli , quase índio),
um só que me diz adeus,
escondido entre as pétalas da
papoila,
a sorrir ao ver-me ( finalmente)
partir.
esse ( menino)ficou ali
entre os verdes e a papoila, eternamente rubra, a olhar o universo e a
desfragmentar o tempo em tons de (a)mar…
na minha morte há um silencio a marulhar serenidades... ( saudades?)
talvez, mas essas ficaram tatuadas nos olhos do menino ...
( escrito, ou desenhado durante o concerto de hoje dos amor electro no coliseu dos recreios!)
1 de novembro de 2012
cores de bailarina
sonho
(na ingenuidade do dia que amanhece nas estrelas da noite)
hermético, na escuridão da rocha,
gravo azuis rubros na memória,
estátua de menina, a correr solta entre sorrisos e lágrimas
(cristais de rosa,
ungidos na noite que abraça a fantasia)
fraga que evapora ternura, num beijo que me afaga
( frágil?).
sonho,
(onda? , vaga?
falua, que me abraça, em olhar nocturno. vagabundo?)
bailarina minha,
colorida na suave melancolia da saudade que esvoaça…
(na ingenuidade do dia que amanhece nas estrelas da noite)
hermético, na escuridão da rocha,
gravo azuis rubros na memória,
estátua de menina, a correr solta entre sorrisos e lágrimas
(cristais de rosa,
ungidos na noite que abraça a fantasia)
fraga que evapora ternura, num beijo que me afaga
( frágil?).
sonho,
(onda? , vaga?
falua, que me abraça, em olhar nocturno. vagabundo?)
bailarina minha,
colorida na suave melancolia da saudade que esvoaça…
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