7 de dezembro de 2011

estilhaços ( de rua?)

A silhoeta-da-alma, encontro-a no sal,

(cristal maior de uma lágrima que voa entre a lua e a negritude das sombras)…

No respirar das nuvens está o sol,

No sorriso dos olhos,

estou eu,

a desenhar sob os pigmentos-do-horizonte, que se fingem mar ao som de um pássaro a chorar na calçada da rua…

Atravesso a no silêncio dos bancos-sujos, de olhos fixos nas janelas do chão, e imagino caminhos, estradas-desertas, (setas?), que não sabem para onde vão,

Entre o céu-e-a-terra, estou eu, á procura da alma( consciência de mim? além de mim?) que se diverte sozinha empoleirada na cabeça do cão, que esvoaça,

A rua continua, nua, deserta,

Só as janelas e as árvores (persianas abertas?), voam entre as gaivotas que se escondem nas esquinas da cidade que navega sem velas,

E os passos ( meus?) seguem vagabundos a sonhar azuis no zig-zag das ondas revoltas…

Hoje,

estou,

estacionado à porta da rua,

a entrançar o tempo que se dissolve na chuva, no regaço da alma…