tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
28 de novembro de 2009
23 de novembro de 2009
...do indico
Os ventos da flauta invadem – me o tempo , no temo de um nada em espumas de onda-papoila, rubra de alma-luz, em sol lento …
peneiro a brisa e respiro-me
oiço-me na trova do templo,
nas ruas de memórias adormecidas,
e flutuo no luto , … , menino-índio, do Indico , … , perdido de ti…
peneiro a brisa e respiro-me
oiço-me na trova do templo,
nas ruas de memórias adormecidas,
e flutuo no luto , … , menino-índio, do Indico , … , perdido de ti…
22 de novembro de 2009
escondi-me entre as ondas,
a rir,a rir cada lágrima que nascia translúcida de arco-iris
a rir,a rir desta angústia que me embala no olhar de um flamingo a partir,
com fome...
palhaço-andarilho, espantalho sem véuem seara de passos gravados nas rochas que descoloram e rasgam o céu...
...vou aproveitar esta solidão para fugir de mim, para lá de onde o universo dorme...
21 de novembro de 2009
passos de areia
Sento-me na praia, no cinzento da chuva,
Sou um grão de areia ( só) a respirar a multidão do universo que me habita o ver…
Olhares, que se apagam nos passos das ondas…
Sou um grão de areia ( só) a respirar a multidão do universo que me habita o ver…
Olhares, que se apagam nos passos das ondas…
1 de novembro de 2009
campândula
Tenho uma andorinha-do-mar aprisionada no olhar que me leva no sonho, e deambulo sonâmbulo , nesta campândula de palhaço-flamingo a voar dentro de mim...
rasgar a pele do mar
as rochas rasgam o mar, como quem ara segredos, em sangue incolor que se esvazia nas marés-da-alma, em conspirações da cor,
só,
areia submersa de nuvens…
amam,
as árvores-do-mar,
onde se empoleiram a navegar,
amam,
o silêncio do vento a cantar
(e as asas?esgares de homem que se sabe
e as pedras?)
só,
areia submersa de nuvens…
(amam as aves?)amam!
( disse-me uma que pintava inquieta o céu de bruma),
amam,
as árvores-do-mar,
onde se empoleiram a navegar,
amam,
o silêncio do vento a cantar
(e as flores? e a lua?)
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