28 de novembro de 2009


Foz do mondego
Figueira da Foz
Novembro 2009

circula-me no sangue este vazio lubregue , de me sentir labirinto de mim,
sem foz,
circula-me na pele este horizonte-de-mar que não é vento nem água,
é voz,



e névoa colorida nas mágoas do sol,
que se labareda em sal,
no silêncio da memória…

25 de novembro de 2009


a solidão desenha-se na névoa
ou
no brilho da areia?
( praia da figueira da foz - novembro de 2009)

24 de novembro de 2009


o horizonte tumultuou-se na inquietude do mar que se crispou nas marés da alma
e
em sombras…
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23 de novembro de 2009

...do indico

Os ventos da flauta invadem – me o tempo , no temo de um nada em espumas de onda-papoila, rubra de alma-luz, em sol lento …
peneiro a brisa e respiro-me
oiço-me na trova do templo,
nas ruas de memórias adormecidas,



e flutuo no luto , … , menino-índio, do Indico , … , perdido de ti…

22 de novembro de 2009
























escondi-me entre as ondas,
a rir,
a rir cada lágrima que nascia translúcida de arco-iris
a rir,
a rir desta angústia que me embala no olhar de um flamingo a partir,
com fome...
palhaço-andarilho, espantalho sem véu
em seara de passos gravados nas rochas que descoloram e rasgam o céu...
...vou aproveitar esta solidão para fugir de mim, para lá de onde o universo dorme...

21 de novembro de 2009

passos de areia

Sento-me na praia, no cinzento da chuva,
Sou um grão de areia ( só) a respirar a multidão do universo que me habita o ver…


Olhares, que se apagam nos passos das ondas…

1 de novembro de 2009


praia da figueira da foz
novembro 2009
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praia da figueira da foz
novembro 2009
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campândula

Tenho uma andorinha-do-mar aprisionada no olhar que me leva no sonho, e deambulo sonâmbulo , nesta campândula de palhaço-flamingo a voar dentro de mim...

rasgar a pele do mar

as rochas rasgam o mar, como quem ara segredos, em sangue incolor que se esvazia nas marés-da-alma, em conspirações da cor,

(e as asas?
e as pedras?)
esgares de homem que se sabe
só,
areia submersa de nuvens…
(amam as aves?)
amam!

( disse-me uma que pintava inquieta o céu de bruma),

amam,
as árvores-do-mar,
onde se empoleiram a navegar,
amam,
o silêncio do vento a cantar

(e as flores? e a lua?)