tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
28 de março de 2008
27 de março de 2008
o salto
Distrai-me! Acordei com os olhos-do-amanhã…
luzia,
Se a não seguisse, perdia-me…
Ah, como é bom sentir-me no quadro,
pintado de Arlequim!
Decidi! Fico aqui!
( logo eu,Surpreso, dei comigo a viver o que não me pertencia, mas a nuvem que me levou,
que ando sempre perdido no tempo e nas desmemorias,
a saltitar qual acrobata em fio de cetim)
luzia,
( azuis-de-mim)
Se a não seguisse, perdia-me…
Ah, como é bom sentir-me no quadro,
pintado de Arlequim!
Decidi! Fico aqui!
( nem perto , nem longe,,,,Aqui! Sem Hoje!)
24 de março de 2008
ilha ( moçambique)
O som da memória,,,canta-me
pequenas estrelas,
filamentos de prata,
Em terras-do-indico…
Há um mar à janela,
AZUL!
( histórias?fragmentos,
Ao longe…violinos-de-chopim…)
pequenas estrelas,
filamentos de prata,
preta,
branca,
Em terras-do-indico…
Há um mar à janela,
(Oiço?e velas
De longe…flautas de pan…)
(Açafrão, caril?)na Estrela do sul,
( ilha?)
AZUL!
19 de março de 2008
no desenho do tempo
O vento, é o meu silêncio a acordar-me
e eu,
vou com ele, libertino a navegar,
Oiço-te,
e eu,
vou com ele, libertino a navegar,
( devagar…)entre o eco…
( o eco, sou eu a falar?
É a minha memória a desenhar?
É o reflexo de uma bailarina cigana que passou por aí sem me olhar nem sorrir, a luzir numa lágrima de árvore que se despenteia ao luar?)
Oiço-te,
( canta,,,? A memória do tempo?)e pinto-te. Real
( como uma águia,,, A voar…)
16 de março de 2008
searas
ceifo, searas-de-sonhos,
decepo-os, disseco-os e ato-os,
em laçadas-de-sol…
incomodam-me
ceifo-os
com foice-lágrima e mergulho-os em mim,
só o índio-de-cabelo-azul,,, persiste,
só a gaivota,,,existe…
e o cavalo?
e o cavalo?
e eu?
papagaio de papel a voar…
ceifo, o cordel
seiva-de-mim
a vaguear…
decepo-os, disseco-os e ato-os,
em laçadas-de-sol…
(ilusão?)
incomodam-me
(vestidos de cores que me enfeitiçam e me sopram ventos-do-ali…)
ceifo-os
com foice-lágrima e mergulho-os em mim,
( de raiva)
só o índio-de-cabelo-azul,,, persiste,
só a gaivota,,,existe…
(a criança ri!)
e o cavalo?
e o cavalo?
e eu?( foge
em galope
op-op...
crina-de-porcelana,
branca,sonho?de madeira, veloz de
ventos...op-op
alísios?)
e eu?
papagaio de papel a voar…
ceifo, o cordel
seiva-de-mim
a vaguear…
10 de março de 2008
silêncios ao fundo, diluidos...( esquecidos?)
Mastigo o silêncio no palato-mortalha de mim,
oiço os caniços e o vento,
escuto a guitarra-cigarra-que chora,
Cidade-véu que me atordoa e me engole sem fado...
Homem alado, perdido na ilusão
de não ser Homem-multidão...
O silêncio rói
e o que sinto,
como um búzio esquecido
no eco de mim...
oiço os caniços e o vento,
(como um marinheiro que procura a estrela, para lá do fim…)
escuto a guitarra-cigarra-que chora,
Cidade-véu que me atordoa e me engole sem fado...
( susurrando baixinho,
vai e-m-b-o-r-a . . .)
Homem alado, perdido na ilusão
de não ser Homem-multidão...
O silêncio rói
e o que sinto,
( trovão)espraia-se diluído no infinito,
como um búzio esquecido
no eco de mim...
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