tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
30 de abril de 2008
28 de abril de 2008
nos (a)braços do tempo
No desenho não há arte,
( a arte está no tempo)
a linha esconde a ansiedade do sentir
e é ele
( tempo)
que a desenrola no papel e na cor…
O desenho, é assim
( nos meus olhos de hoje)
uma lágrima que se esculpiu em poema
e fugiu
(ao poeta)
para ele se libertar da cor que lhe estrangula o respirar e o ver...
( dor?)Essa fuga,
essa lágrima,
esse desenho,
é construído nas linhas do tempo,
( abismo?)pois só ele sabe transformar o caminho em cor…
tudo o que se vê no desenho,
mesmo que incolor,
é puro sentir
( amor?)
20 de abril de 2008
sem tela
Nos braços-sombra
vai um barco-á-vela…
Adormeço
divertido,
na linha ténue que me separa do sonho de dormitar nos braços dela…
Subo com o vento
e salto…
na linha que desenho
Lá no longe, está ela
( de uma árvore-anjo)desenho,
( sem tela)uma linha comprida
( sem centro)paralela…
( entre mim e ela)Em cada um dos pontos
( passos? estrelas?)
vai um barco-á-vela…
Adormeço
( quase menino, quase índio)empoleirado,
divertido,
na linha ténue que me separa do sonho de dormitar nos braços dela…
Subo com o vento
( gaivota?)ao ramo mais alto
( sem volta)
e salto…
( é arvore-anjo que importa se caio …)voo,
na linha que desenho
(paralela)entre mim e o deserto…
Lá no longe, está ela
( índia? cigana? )a colorir o quadro sem tela…
15 de abril de 2008
por dentro
Procura te no abismo, Deambula no nada e lá redescobre o equilíbrio !
In “ apontamentos para um manual da serenidade", ou como, quando confrontados com o abismo, somos levados pelos ventos-da-alma, a reinventar o horizonte-do-olhar
In “ apontamentos para um manual da serenidade", ou como, quando confrontados com o abismo, somos levados pelos ventos-da-alma, a reinventar o horizonte-do-olhar
13 de abril de 2008
re-escrever
disperso,
cada letra
disseco o som-da-morte-à-espera-do-sol-e-da-semente
e desenho
raízes…
oiço cada uma
árvore invertida a desfazer-se no rio,
a névoa grita-me, a crepitar palavras-palhaço
e pinto-me
cada letra
( uma a uma)para reinventar a palavra
disseco o som-da-morte-à-espera-do-sol-e-da-semente
e desenho
raízes…
oiço cada uma
( palavra)
árvore invertida a desfazer-se no rio,
( rio-me)
a névoa grita-me, a crepitar palavras-palhaço
( aflita)
e pinto-me
( de novo...)
12 de abril de 2008
o esquiço da tristeza
Fecho os olhos à procura de luz,
…é assim a tristeza…
(vasculho o vazio,numa viagem ao mais autentico que tem o interior de uma lágrima
a bruma,
a névoa…)
(chovem aguarelas, do esquiço profundo de mim…)
…é assim a tristeza…
(sussurra o eco de Ti)
8 de abril de 2008
preencher vazios
Percorro-me com a lentidão dos passos e dos olhos, e vejo cada um de mim,
fragmentos inteiros de cor...
Reflexos brancos,
Vazios…
É o sorriso
fragmentos inteiros de cor...
Reflexos brancos,
Vazios…
É o sorriso
(de me saber cada um)que me desenha a sombra…
1 de abril de 2008
de que lado do corpo?
Descansei os olhos e o corpo,
como quem se senta ao lado do sonho,
sem conversa nem olhar,
até sentir a seiva da sombra a tingia-se do meu sangue, No fim
como quem desenha
e procura o verbo amar…
_________________________________________________
*“Alma-do-corpo”, foi-me dito
como quem se senta ao lado do sonho,
sem conversa nem olhar,
até sentir a seiva da sombra a tingia-se do meu sangue, No fim
( no mar?),espreitei,
como quem desenha
( só para si)a “alma-do-corpo”*
e procura o verbo amar…
_________________________________________________
*“Alma-do-corpo”, foi-me dito
( escrito)por zabel,
(ao canto de um livro),é diferente do "corpo-da-alma", mas eu ando confuso entre os lados do corpo em que coloque a alma e nem a arvore me disse, nem a sombra me sussurrou, porque anda por aí a minha alma, sem lado reservado no corpo?…terá ficado nas raízes da árvore? No horizonte do sonho?
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