29 de março de 2009

Vento(s)

O vento da primavera é diferente…

Não porque vem embriagado de cores e perfume,

Mas porque vem escondido nas sombras dos pássaros...

22 de março de 2009

Neo-impressionismo

Agarrei em polen-de-estrelas,

Dois palhaços ( mais uma plateia de crianças com-sorrisos-de-meninos),

Um girassol de noites-de-meia-lua,

poemas de horizontes-azuis ( qb)

Um sopro de flauta de pan

e



ZÁS

.

.

.

Pintei um sonho!!

21 de março de 2009

sopro

Agarrei na minha sombra,

Com cuidados de poeta,

E soprei-a

( não fosse ela criar raízes…)

19 de março de 2009

Limpezas (1)

Fechar os olhos e tactear a serenidade não é tarefa simples.

Primeiro,

antes do instante em que entramos nas entranhas do ver, temos que limpar todos os pólens-de-sombra que vagabundam no redondo do universo que a habita ,

depois.

basta colorir o escuro com o nosso respirar que se fantasia nas cores do sentir… e navegar na bolina de um sorriso.

18 de março de 2009

17 de março de 2009

Colorações noctívagas...

Um dia,,, vou pintar os murmúrios que oiço em noites de (des)lua, (trocados ao despique entre pedras escuras), para que adormeça iludido que sonho serenidades...

15 de março de 2009

In.quietudes

Numa noite nua de estrelas, a lua, vestida de Columbina, segredou.me coisas só dela e do Universo ( parecia uma flauta de pastor de colibris a zaragatear papoilas-de-primavera)…

(…)

Eu,

Calei.me,

Não fosse entender, de uma só vez, todos os mistérios que se passeiam em cavalos-de-vento,

ou, viesse o Pierrot todo armado em Arlequim tirar.me a quietude do sonho

13 de março de 2009

no silencio de um grito

Sem data,
escrevo,
no ocaso do dia, ao acaso,
no destempo de mim, como se a esquizofrenia andasse a marulhar.me a alma.
Sompram.me ventos, agrilhoados nos gritos que me fogem, no silêncio que me atropela as cores.
No entanto escrevo, como se o tempo não tivesse instantes…
(...)
Passeio nestas ruas-canal, sem o espelho da memória, Indiferente à cor, ou mesmo à linha do horizonte urbano que me ensombra o olhar.
Passeio-me como fantasma, sem voz, impedido de ser autentico na revolta que me arde as lágrimas dos olhos…

Sem data,
caminho entre nadas e futuros a carregar os sonhos de quem não se conforma com a mediocridade do cinzento das sombras…

5 de março de 2009

teorema

Desenho,
(sem calculo e sem geometrias)

um teorema-de-estrelas-carmim,
entre o voo das águias,
Pinto-o em linhas de alma,
(quase rios,
quase águas)

e fluo em labirintos-de-mim,
(como quem bebe as sombras da noite,
embriagado de luz)