O vento da primavera é diferente…
Não porque vem embriagado de cores e perfume,
Mas porque vem escondido nas sombras dos pássaros...
tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
O vento da primavera é diferente…
Não porque vem embriagado de cores e perfume,
Mas porque vem escondido nas sombras dos pássaros...
Agarrei em polen-de-estrelas,
Dois palhaços ( mais uma plateia de crianças com-sorrisos-de-meninos),
Um girassol de noites-de-meia-lua,
poemas de horizontes-azuis ( qb)
Um sopro de flauta de pan
e
ZÁS
.
.
.
Pintei um sonho!!
Fechar os olhos e tactear a serenidade não é tarefa simples.
Primeiro,
antes do instante em que entramos nas entranhas do ver, temos que limpar todos os pólens-de-sombra que vagabundam no redondo do universo que a habita ,
depois.
basta colorir o escuro com o nosso respirar que se fantasia nas cores do sentir… e navegar na bolina de um sorriso.
Um dia,,, vou pintar os murmúrios que oiço em noites de (des)lua, (trocados ao despique entre pedras escuras), para que adormeça iludido que sonho serenidades...
Numa noite nua de estrelas, a lua, vestida de Columbina, segredou.me coisas só dela e do Universo ( parecia uma flauta de pastor de colibris a zaragatear papoilas-de-primavera)…
(…)
Eu,
Calei.me,
Não fosse entender, de uma só vez, todos os mistérios que se passeiam em cavalos-de-vento,
ou, viesse o Pierrot todo armado em Arlequim tirar.me a quietude do sonho
(sem calculo e sem geometrias)
(quase rios,
quase águas)
(como quem bebe as sombras da noite,
embriagado de luz)