Passeio-me na cidade grande, entre caminhos e desencontros. Aguardo o comboio que me leva (ou devolve?) sem destino, sem tempo. Só eu me encontro imóvel ( por fora?, por dentro?, não sei! parado! cego...) Espero nesta estação de comboios, de uma arquitectura estética disfuncional, que arranha os céus em teias de aço e vidro (baço). (Catedral de namorados que segredam beijos).
Olho. Oro, no silencio dos caminhos e desenho, nas nuvens (e em mim) os contornos do vazio.
tenho uns olhos em forma de lápis, mas nem sempre de cor... Sei que sou esquisito mas a vida moldou-me assim... ganancioso de SER por inteiro e não me caber por inteiro em mim.
30 de maio de 2007
29 de maio de 2007
Esta solidão que me corre no sangue é um oceano sem ondas nem cor.
Doem-me os olhos e as asas, como quem prende o futuro nas entranhas do eu.
Estranha forma de ir.
Informe.
Sem fome.
Vazio que transborda de sombras. Azuis!
Oiço o mar. Revolta de um sonho. Parado.
Onde se esconde a cor? Na dor?
Se ao menos soubesse desenhar uma flor e não teria esta dor, que me corrói e destrói como um cancro do sentir...
Ah! soubesse eu mentir...
Doem-me os olhos e as asas, como quem prende o futuro nas entranhas do eu.
Estranha forma de ir.
Informe.
Sem fome.
Vazio que transborda de sombras. Azuis!
Oiço o mar. Revolta de um sonho. Parado.
Onde se esconde a cor? Na dor?
Se ao menos soubesse desenhar uma flor e não teria esta dor, que me corrói e destrói como um cancro do sentir...
Ah! soubesse eu mentir...
23 de maio de 2007
Rezo no silêncio, ao silêncio de mim, como quem chora sem lágrimas ( ou grita sem voz) e sem credo...
Procuro as cores, numa tela escura...
Primeiro,
névoa ( vazios-de-um-rio-agrilhoado)...
...ando...
...sem memórias...
...a imaginar tempos, como quem fantasia destinos...
Depois,
um marulhar , preso, amortalhado...perdido!
Procuro as cores, numa tela escura...
Primeiro,
névoa ( vazios-de-um-rio-agrilhoado)...
...ando...
...sem memórias...
...a imaginar tempos, como quem fantasia destinos...
Depois,
um marulhar , preso, amortalhado...perdido!
12 de maio de 2007
11 de maio de 2007
fumos de mim
Desfaço-me nos passos, lentos , gravados no destempo da incerteza, Como um cigarro que se extingue , Dissolvo-me no nada. Respiro-lhe as memórias ( das árvores? do tempo? de ti?), De todas as memórias que se descoloriram nas lágrimas. Levo os passos. Lavo-os. No sal. De mim.
Fecho-me no olhar e respiro. Encho-me de vazios e de passos…
Sou uma eterna procura de vazios…
Fecho-me no olhar e respiro. Encho-me de vazios e de passos…
Sou uma eterna procura de vazios…
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