corto o azul, de lâmina acesa de vontades animais, de olhos
dilatados de querer, sem que cegue (seque?) as lágrimas doces do sentir.
imóvel,
vivo-me na espera de me ver viajar, entre manhãs.
ciclos sucessivos de ondas,
sem mar.
corto o futuro, rasgado de cenários sem palco nem actores.
degrau
a
degrau,
a voar certezas , indiferente aos destinos, instintos que me
voam nos sonhos….
e tu poeta? que fazes aí?
assistes à decomposição dos ventos? ou recortas memórias que
o outro entalha no sentir?