8 de junho de 2014

o ( meu ) tempo

Cada um tem o seu tempo e o tempo de cada um é imensuravelmente diferente.

O meu tempo tem humores de alma, diferentes dos de outros certamente, pelo que cada um devia dar um nome ao seu tempo ( não só para não nos perdermos no tempo de outros, mas para cada um viver o seu próprio tempo).

Não tenho nome para o meu

e isso incomoda-me porque quando me zango com ele não lhe sei da alma e não o consigo chamar à razão,
nem sequer consigo que ele pare por instante que seja

e ele flui como lhe apetece.

O meu tempo é irrequieto e inconsciente, fez um pacto com a minha alma e ambos gozam descaradamente comigo,
e soube,
quando os apanhei distraídos na esquina da cidade que andam a engendrar esquemas para se aliarem à minha consciência.

Se isso acontecer estou perdido!

Preciso de rapidamente arranjar um nome para o meu tempo, talvez assim o consiga apaziguar, talvez assim lhe consiga transmitir a serenidade que me habita e ele consiga saborear os instantes de outra forma, sem grandes angústias, como o respirar de uma árvore embalada pela brisa …