18 de abril de 2007

a exactidão de uma verdadeira praga!

As palavras adoecem. Torna-se elas próprias uma epidemia que devasta os sentidos, qual praga de gafanhotos. Colam-se, sanguessugas, ao inconsciente do falar, como um vírus informático que se auto reproduz e substitui.
Andava distraído até que de um momento para o outro a imagem de “uma doença linguística-infectocontagiosa” se focou “exactamente” na minha mente.
Mais que uma moda é uma praga!
A ultima invasão é a palavra “exactamente!”. Substitui a exclamação, a virgula, a pausa.
Já foi “quer-dizer”, ou “claramente”, ou “de facto”, ou um revolucionário “pá!”. Não sei como aparece, nem como se propaga.
É uma espécie de constipação linguística que assola tudo e todos!
Eu, que procuro palavras como quem desenha sonhos, Irrito-me! ( maus -figados os meus!)
O pior é que a palavra “exactamente” não cola ao nosso espírito lusitano-latino'arabe, que não quer nada com a exactidão nem precisões!


Procura-se uma vacina! URGENTE!

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