Oiço-te no sonho,,,sombra alada e enlaço-me no vazio, ébrio de cor.
(saltimbanco, arlequim, quadro, desenho, parede, relógio, campânula de cristal, cavalo-branco, tapete....és tu Mestre?)
Oiço-te menino,a chamar por mim,
( em memória?
Não! Tu estás aí, eu é que longe.
Quem anda no longe anda perdido no aqui) e tu, ouves-me? Sentes-me? Oiço-te no sonho e pinto-te em cores de sol e jasmim … estátua afinal. Forma real da ilusão de mim.
Ao fundo , no escuro o quadro e o Mestre, que o desenha , eu ao fim no escuro, invento, quase no desequilíbrio para de lá da lua,
o vento.
Tudo o resto não existe.
Só me resta o caminho, e o deslaço de ser tudo isto,
(eco dos passos! )
Oiço-te,
Ao longe, na praia salpicada de búzios,
o farol a imitar as noites,
a andorinha-gaivota a pintar o horizonte,
oiço-te,
Só o eco persiste... (Afinal não somos mais que os passos que fogem do passado iludidos nos sonhos e dos sons que nos habitam a alma…)
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