20 de janeiro de 2008

escalada

subo a pulso-de-olhos
o fio, ténue da aranha que se estende ao fim-do-céu

pesa-me o olhar
e quebro o infinito
que se esvai do eu para o abismo


só o sol brilha, e reflecte-se na teia
( na vida?)
eu, caí da memória, como se voasse nas assas de uma gaivota-de-audouin,
longe de mim…




(A gaivota de Audouin é uma espécie confinada ao Mediterrâneo, que entrou nas palavras sem pedir licença, agarrou em mim e levou-me…)

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